O objetivo
principal do tratamento é a autonomia do paciente, ou seja, ele deve ser
mantido independente o maior tempo possível. A terapia deve ser
individualizada, com escolha da medicação adequada a cada paciente, e o esquema
posológico será reavaliado e reajustado periodicamente a fim de atingir-se o
equilíbrio perfeito entre o alívio dos sintomas e a prevenção de reações
adversas indesejáveis.
Os sintomas
em geral são aliviados ou suprimidos com o tratamento, porém as consequências
do uso crônico das medicações devem ser pesadas antes de se iniciar o
tratamento, uma vez que o emprego dessas drogas a longo prazo pode levar a
reações adversas incapacitantes. Quando a doença é leve e os sintomas não
interferem na qualidade de vida do paciente, devemos optar por tardar o início
do uso de medicações, reservando-as para fase posterior, quando os sintomas
começam a causar problemas que limitem as atividades do paciente.
Até o
momento, os medicamentos utilizados no tratamento do parkinsonismo são apenas
sintomáticos, uma vez que nenhum dele faz desaparecer a degeneração neuronal.
A escolha da
medicação depende:
- da etapa da doença em que se encontra o paciente, e a terapêutica pode e deve ser mudada de acordo com a progressão;
- e com os efeitos colaterais que venham a surgir.
É de salientar que para além do tratamento farmacológico, existem medidas de extrema importância que se podem instituir como exercício físico e mental, terapia ocupacional, psicoterapia e suporte familiar.
- manter a amplitude dos movimentos, prevenindo a rigidez e contracções musculares;
- diminuir os tremores;
- orientar ao treino de marcha e equilíbrio;
- estimular a expressão facial e as actividades motoras que impliquem precisão.
A
selecção da melhor opção terapêutica deve ter em conta determinados factores
como a idade, estado cognitivo, entre outros.
Assim, como tratamento existe o farmacológico e o
cirúrgico.
A terapia
farmacológica visa restabelecer os níveis de dopamina no cérebro. É iniciada
assim que o paciente reporte diminuição da qualidade de vida devido aos sintomas.
Para tal, são usados fármacos tais como:
- Anti-colinérgicos( tri-hexifenidilo,benzatropina e biperideno);
- agonistas do receptor da dopamina;
- precursores da dopamina (levodopa + carbidopa; levodopa+ benserazida);
- antagonistas da dopamina;
- Inibidores da MAO ( selegilina, rasagilina);
- Inibidores da COMT ( entacapona, tolcapona)
Relativamente
ao tratamento cirúrgico é possível fazer palidoctomia (excisão do globo pálido)
ou mais recentemente é preferível a estimulação desses núcleos com elétrodos
cuja ativação é externa e feita pelo médico e paciente.
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