A Doença de Parkinson é muito
conhecida pelos seus sintomas motores tais como o tremor e rigidez, mas o fato
é que a doença vai muito além disso. Já é bem reconhecida a redução de funções
cognitivas na evolução da doença e há quase um século atrás já se descrevia de
que os parkinsonianos apresentariam uma personalidade peculiar e os estudos têm
consistentemente demonstrado que há uma tendência a um maior grau de
determinação, seriedade e inflexibilidade.
O processo de degeneração cerebral
associado à doença é visto como um grande candidato para explicar esses traços
de personalidade. A honestidade também é descrita como um traço peculiar da
personalidade do parkinsoniano, descrita como uma tendência em não mentir.
Nesse caso, o mais provável é que os doentes tenham dificuldade em mentir
devido às alterações cerebrais e não porque sejam genuinamente mais honestos. E
foi isso que pesquisadores japoneses conseguiram confirmar em um elegante
estudo recém-publicado no periódico especializado Brain.
Num teste psicológico experimental,
indivíduos com o diagnóstico da Doença de Parkinson apresentaram mais
dificuldade em dar respostas falsas quando comparados ao grupo controle sem a
doença. Além disso, foi demonstrado que essa dificuldade em mentir foi maior
entre os parkinsonianos que tinham menor metabolismo cerebral nas regiões pré-frontais,
medido por tomografia por emissão de positrons (PET). Estudos anteriores já
haviam demonstrado que essas mesmas regiões pré-frontais são ativadas quando um
indivíduo saudável conta uma mentira. Essa foi a primeira vez que se
demonstrou a base biológica da personalidade honesta dos portadores da Doença
de Parkinson e que esta está associada à disfunção nas regiões frontais do
cérebro.
Portugueses
descobrem principal causa da doença de Parkinson
Uma equipa
de investigadores de Coimbra descobriu que a principal causa da doença de
Parkinson será a disfunção da mitocôndria, responsável pela produção de energia
nas células, "contrariando algumas das últimas teses científicas"
sobre a patologia.
A Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, lentamente
progressiva e que se manifesta através de rigidez muscular, tremores,
diminuição da mobilidade e instabilidade postural.
Afetará "mais de quatro milhões de pessoas em todo o mundo" e
"em mais de 90% dos casos" é de origem desconhecida, disse à Lusa
Sandra Morais Cardoso, líder do grupo de investigadores, do Centro de
Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (UC).
O estudo,
publicado na revista "Human Molecular Genetics", vem demonstrar que
"a deficiência no tráfego intracelular (autoestradas celulares) é
provocada pela disfunção das mitocôndrias dos doentes", que são
responsáveis pela produção de energia nas células, refere uma nota divulgada
pela UC.
Sandra
Morais Cardoso explica que "a disfunção mitocondrial é o evento que está
na base da deficiente autofagia, o mecanismo através do qual ocorre a
degradação de organelas disfuncionais e de proteínas danificadas", que
permite eliminar o lixo biológico que se acumula ao longo do envelhecimento e
que se não for expulso leva à morte das células.
A
investigação, que tem como primeira autora a aluna de doutoramento Daniela
Moniz Arduíno, vem também demonstrar que a ativação de uma autofagia
deficiente, por si só, "é pior para o envelhecimento das células",
prejudicando ainda mais o paciente.
"Até
agora, julgava-se que a ativação da autofagia era boa para as células, mas
verifica-se que isso não basta nos doentes de Parkinson, há também que promover
as autoestradas celulares", sustenta Sandra Morais Cardoso.
A
descoberta, "infelizmente, não se traduz numa cura da doença a curto
prazo", mas "fornece novas pistas importantes para o desenvolvimento
de futuros fármacos que previnam a interrupção do tráfego e, deste modo,
assegurem o normal transporte intracelular", no entender da investigadora.
O desafio
agora, disse, é perceber "como a função da mitocôndria leva à
destabilização das autoestradas celulares".
A
investigação foi realizada com base em células de doentes com Parkinson e
desenvolvida ao longo dos últimos quatro anos, com financiamento da Fundação
para a Ciência e Tecnologia.
«Jornal de Notícias», 13/08/12.
Vinho retarda o envelhecimento
Variedade Tannat é rica em
antioxidantes naturais, que também ajudam a prevenir doenças, entre elas,
alguns tipos de cancro.
A ciência já descobriu que o
vinho contém substâncias que fazem bem a nossa saúde, ajudam a prevenir
doenças, especialmente às do coração. Agora, novas pesquisas revelam que a quantidade
dessas substâncias é maior em algumas variedades de uva. Uma das campeãs é a
tannat, a uva mais plantada no Uruguai.
A variedade, que produz um
vinho de vermelho intenso, foi levada da França, no fim do século 19. O nome
tannat se deve à forte presença de taninos, que são antioxidantes naturais:
combatem o envelhecimento precoce e ajudam a prevenir doenças, entre elas,
alguns tipos de cancro.
Uma pesquisa do Instituto Clemente Estábile, em
Montevidéu, comparou três variedades de vinhos produzidos no Uruguai: Tannat;
Merlot e Cabernet Sauvignon. A pergunta era: qual dos três tipos de vinho seria
capaz de retardar por mais tempo a decomposição em cérebros de ratos? O vinho
Tannat obteve, de longe, o melhor resultado. "Todos nós temos
defesas que são capazes de contra-atacar os radicais livres, mas, quando eles
estão em uma quantidade excessiva, nossas próprias defesas não são suficientes.
Então, os antioxidantes vão ajudar o organismo a atacar esses radicais livres e
a melhorar certas enfermidades onde se produz isso", explica a bioquímica
Carolina Echeverri.
No Brasil, outra descoberta:
pesquisadores da PUC de Porto Alegre também compararam vários tipos de vinho
tinto e encontraram no Tannat uma elevada quantidade de resveratrol, um
antioxidadente potente, batizado de elixir da juventude. "O resveratrol é
um antioxidante diferente porque atua em uma proteína chamada cirtuina, que
está ligada ao envelhecimento. Essa proteína evita doenças do envelhecimento,
como Mal de Parkinson, Mal de
Alzheimer e doenças cardiovasculares", diz o químico André
Arigony.
O cardiologista e professor da Universidade Católica de Montevidéu, Ricardo
Benedetti, indica o Tannat para seus pacientes, mas alerta: "Se você já é
consumidor de vinho, siga tomando em doses pequenas, porque o vinho pode, em
quantidades grandes, levar ao vício e aí entra em outro problema".
Os pacientes que seguem a
recomendação perceberam melhoras. O narrador esportivo Carlos Munhoz toma uma
taça de Tannat por dia no jantar. E diz que o bom colesterol subiu de 50 para
60 miligramas, o que afasta o risco de um infarto, por exemplo. "Estou me sentindo melhor", afirma Carlos
Munhoz.
muito doido mesmo em gostei de ver ,rapas iso sóu me ajodo no trabalho de siencias
ResponderEliminarmaiô ocê nãaum sabi iscrever nada, pOrke a vaca estrela já apremdeu muitoO tiempo
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