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Dopaminomiméticos: Agonistas da Levodopa

Os agonistas dopaminérgicos, tal como o próprio nome indica actuam a nível dos receptores da dopamina. Estes fármacos exercem o seu terapeutico efeito através da estimulação dos receptores dopaminérgicos localizados no neurónio pós sináptico. Por terem essa ação direta sobre o receptor não necessitam ser metabolizados previamente para atuarem como a levodopa. Actualmente, estão descritos cinco receptores diferentes da dopamina: D1, D2, D3, D4, D5 e a afinidade dos diferentes agonistas para os vários receptores da dopamina não é idêntica.
Este grupo de fármacos possui um tempo de semi-vida superior ao da Levodopa e por isso produzem uma estimulação mais fisiológica dos receptores dopaminérgicos do que esta.
Os agonistas da dopamina podem ser classificados em ergolínicos e não ergolínicos (como o ropinirol e o pramipexol) e estão indicados no tratamento sintomático da doença de Parkinson. Podem ser utilizados em monoterapia ou então em associações com a Levodopa. São utilizados, quando possível na fase inicial da doença de Parkinson, se os sintomas não forem muito incapacitantes e se o paciente tem abaixo de 70 anos de idade. Nos pacientes muito pouco sintomáticos, opta-se por administrar selegilina, amantadina ou anticolinérgicos. Nos pacientes com um alto grau de incapacitação ou se têm sintomas não tão incapacitantes, mas têm acima de 70 anos, dá-se preferência para a utilização da levodopa logo de início.
Esses fármacos são:
  • Bromocriptina (Parlodel®), 
  • Pergolide (Permax®), 
  • Pramipexole(Mirapex®), 
  • Ropinirole (Requip®), 
  • Cabergolina, 
  • Apomorfina 
  • Lisuride

As reacções adversas reportadas são: dor abdominal, náuseas, vómitos, cefaleias, astenia, dor torácica, síndrome gripal, obstipação, diarreia, anorexia, xerostomia, discinésias, alucinações, distonia, confusão, sonolência, depressão, rinite, dispneia, rash, alterações da visão e edema periférico. Os agonistas da dopamina estão contra-indicados ou devem ser usados com precaução em doentes com hipotensão sintomática. É necessário monitorizar o possível desenvolvimento de fibrose pulmonar, pelo menos nos derivados ergolínicos. 

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