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Neurotransmissores: Dopamina e Acetilcolina

A dopamina foi sintetizado pela primeira vez em 1910 por George Barger e Ewens James no Wellcome Laboratories, em Londres, Inglaterra.
A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, um mensageiro químico que ajuda na transmissão de sinais no cérebro e outras áreas vitais. A produção deste neurotransmissor ocorre no cérebro pela activação da enzima tirosina hidroxilase que converte a tirosina em Levodopa, que posteriormente será descarboxilada dando origem à dopamina. A tirosina é produzida pelo organismo no fígado, através da fenilalanina hidroxilase. Ainda é possível a produção de adrenalina e noradrenalina a partir da dopamina como demonstra a fig.1.
 
Fig.1

Depois de sintetizadas, as catecolaminas como a dopamina, são embaladas em vesiculas para posteriormente serem transmitidos através da sinapse, para responderem a um estímulo.
Os receptores dopaminérgicos, são divididos em 5 sub-tipos (D1, D2, D3, D4 e D5) que vão ser activados pela dopamina. Estes receptores, que estão acoplados à proteína G, encontram-se amplamente distribuídos pelo SNC, sendo responsáveis pelas diferentes acções fisiológicas da dopamina. Os receptores da família D1 (subtipos D1 e D5) estimulam a actividade da enzima adenilatociclase, aumentando os níveis de AMPc, por sua vez os receptores D2 inibem a actividade desta enzima, activando os canais de K+ e reduzindo a entrada de iões Ca2+

Por sua vez a acetilcolina é uma amina produzida no citoplasma das terminações nervosas, tendo como percursora a colina que é uma vitamina pertencente ao complexo B. A colina é obtida a partir da alimentação ou da degradação da acetilcolina por acção de uma enzima específica, a acetilcolinesterase.
 
A Acetilcolina pode estimular dois tipos de receptores: os nicotínicos e os muscarínicos. Por sua vez, os nicotínicos ainda se podem sub-dividir em neuronais e musculares e os muscarínicos possuem 5 sub-tipos (m1, m2, m3, m4 e m5). A acetilcolina pode atuar como neurotransmissor inibitório ou excitatório, conforme a região de recepção. Os receptores muscarínicos encontrados no Sistema Nervoso Central e em músculos controlados pela divisão parassimpática do Sistema Nervoso Autónomo promoverão uma ação indireta da acetilcolina, excitatória, que culmina com potenciais de ação para a contração dos músculos lisos inervados. Aqueles encontrados em regiões determinadas do Sistema Nervoso Central e no coração, promoverão uma ação indireta da acetilcolina para a inibição da célula pós-sináptica, causando hiperpolarização e consequente efeito de diminuição da frequência cardíaca.

Quando o efeito da acetilcolina prevalece sobre o efeito da dopamina, a doença de Parkinson tende a manifestar-se. Na DP, a falta de dopamina resulta num aumento global da actividade da acetilcolina, levando a um desequilíbrio entre estes neurotransmissores e activando o processo de contracção muscular.
Com o equilíbrio entre as duas substâncias neurotransmissoras, a ordem para acontecer o movimento é passada de célula a célula sem problemas.
Para o processo nervoso de movimento do corpo acontecer, a acetilcolina trabalha conjuntamente com a dopamina. Com a doença de Parkinson instalada, o trabalho cerebral é prejudicado, provocando o desequilíbrio entre a dopamina e a acetilcolina. Assim sendo, as ordens para o movimento acontecer são passadas de forma distorcida.

Paciente Normal
Paciente Doente







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